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sábado, maio 7

Expatriados discutem demandas em Brasília

Desde o começo da semana representantes de brasileiros que moram no exterior discutem com ministérios as principais necessidades lá fora. Um dos pleitos é mais ensino de português.

Até esta sexta-feira (6), o Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior, grupo que representa os expatriados do país em quatro diferentes regiões do mundo, está em Brasília para discutir as principais demandas de brasileiros que moram fora do país. No encontro, além de receberem informações sobre o funcionamento do Itamaraty e suas atividades, os integrantes estão tendo a oportunidade de conversar diretamente com representantes dos ministérios brasileiros, inclusive das Relações Exteriores, para avaliar ações que vêm sendo implementadas em prol das comunidades do país lá fora. 



De acordo com o subsecretário geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, o embaixador Eduardo Gradilone, uma das demandas da maioria das regiões é o ensino do idioma português. Os brasileiros que moram em outros países não querem perder a fluência na língua mãe e garantir que seus filhos, muitos nascidos lá fora, possam estudar o idioma. Nesta área, de acordo com ele, uma das necessidades é que seja divulgado o que há de disponível para as comunidades em cada país.

Também a regularização migratória é uma demanda da maior parte dos países. Não costuma ser um problema em regiões como Japão, onde a maioria está legal, ou Oriente Médio, para onde os brasileiros normalmente se mudam para cargos de trabalho sofisticados, para estudo ou por meio de casamentos, mas sim de regiões como Estados Unidos, Europa, Paraguai e Bolívia, entre outros. Nos países sul-americanos, inclusive, o governo brasileiro tem desenvolvido conversas e parcerias para resolver as questões de imigração.

No Oriente Médio, de acordo com Gradilone, um dos pleitos é a proteção à mulher, em função de violência e mau tratos a elas. O Oriente Médio faz parte, no Conselho, do grupo “Ásia, África, Oriente Médio e Oceania”, composto por três membros titulares do Japão e um do Líbano. Também fazem parte do Conselho o grupo “Américas do Sul e Central”, “América do Norte e Caribe” e “Europa”. Todas as divisões têm também quatro suplentes. No grupo da Ásia, África, Oriente Médio e Oceania, há dois suplentes do Japão e dois do Líbano. Segundo Gradilone, do Líbano participam do encontro em Brasília dois representantes, o membro titular Siham Harati e o primeiro suplente Khaled Haymor.

O conselho foi eleito em novembro do ano passado e empossado em dezembro. Antes disso funcionava um grupo provisório. Essa foi a primeira reunião do grupo, que trabalha em cima da “ata consolidada de demandas”, documento que reúne as discussões e ações implementadas a partir da Conferência Brasileiros no Mundo, que ocorreu nos anos de 2008, 2009 e 2010 no Rio de Janeiro, com representantes das comunidades brasileiras de fora do país. A próxima, em outubro deste ano, ocorrerá em Brasília, segundo Gradilone.

O diplomata conta que o processo emigratório do Brasil é recente e se deu na metade dos anos 80 e, especialmente, nos anos 90. “Criamos o conselho atendendo à demanda dos brasileiros”, afirma o embaixador. O grupo está recebendo uma série de palestras em Brasília para entender melhor e interagir com as relações exteriores do governo. O encontro é promovido pelo Itamaraty e organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão.

Fonte: ANBA

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