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OPINIÃO


Controvérsias e o CRBE  

Como vocês sabem, na última segunda-feira realizou-se o 1º Encontro Transnacional de Associações Brasileiras  no Exterior: Brasil e Reino Unido e eu gostaria de poder relatar tudo de mais interessante que foi discutido, mas, vocês devem calcular que esse post viraria uma Ata, não é? Por isso, vou tentar contar o que se discutiu de mais importante, só para dar uma pequena ideia.

Bem, esse relato ia para a parte de postagens de notícias, mas como senti que seria mais interessante escrever sob a óptica de um espectador preferi colocar em "Opinião", pois, assim, ela vale apenas enquanto opinião (passe a redundância!).

Uma de nossas preocupações era a afluência ao Encontro. Como já ouvimos algumas vezes, parece ser mais fácil juntar as pessoas para uma feijoada do que para um colóquio. Mas, devemos dizer que sabíamos que o dia e horário também dificultavam. No entanto, devo dizer que ficámos muito contentes. Segundo informação do próprio Clube Literário do Porto, outros encontros costumam reunir em torno de oito pessoas na audiência. Nós tínhamos mais que o dobro. Parece pouco? 

Quando o povo é quem mais ordena!
O de mais interessante foi que, esse "pouco" (julgando que você, leitor, pensa assim), foi bastante espicaçante! Lembro que o tema principal do encontro era o Conselho dos Representantes dos Brasileiros no Exterior (CRBE), pois Edmar da Rocha - o palestrante - é assessor do conselheiro eleito pelo Reino Unido Laércio da Silva, além de ser gerente da Associação Brasileira no Reino Unido (ABRAS). Mas, devo dizer que as pessoas que foram participar tinham feito o trabalho de casa! 

Houve quem aproveitasse a presença da vice-cônsul do Consulado-Geral do Brasil, no Porto, Dra. Rosely de Mathemeier, para reclamar da morosidade para resolver um pedido de documentação. Tem tudo a ver! Se você der uma vista de olhos na Ata Consolidada, vai ver que um dos objectivos do Ministério das Relações Exteriores (MRE) é melhorar os serviços, em geral, dos postos consulares.

Outro ponto discutido foi a independência (ou não) do CRBE, já que seria um órgão criado pelo MRE. Também a preocupação de se perder a representatividade, já que Portugal, por exemplo, não elegeu nenhum conselheiro enquanto o Japão conseguiu três. OK, sei que vão dizer que o pão estava na mesa e, não comeu... comesse, pois paga na mesma! Mas o sistema de eleição deve pensar na verdadeira representatividade das regiões. Para que três no Japão ou dois no Reino Unido, quando outras regiões ficam descobertas? E se nada mudar no sistema, será, provavelmente, sempre assim! 

Mas, o melhor foi sobre a reportagem da Época... resumindo: a revista mostrava o CRBE como improdutivo,   discutia o pedido de passaporte diplomático por alguns membros, sobre passagens em classe executiva e até mensagem bíblica em cartão dos membros rendendo troca de mais de 30 e-mails entre os conselheiros. Spicy! Francamente, tinha lido, durante a semana passada várias opiniões sobre o CRBE e confesso que fiquei algo desapontado por um projeto necessário (não o CRBE, mas a nossa necessidade de representação oficializada pelo governo brasileiro) começar já com tanta falta de bom-senso por parte de alguns participantes.

Mas, como se costuma dizer, é melhor fazer do que ficar pensando ad eternum. Por isso, penso que devemos ver os próximos capítulos... (será que algum membro do CRBE já deu piti em Brasília -eles estão, agora mesmo, lá!).

Bem, pessoal, foi isso que ficou mais presente em minha mente! Mas qualquer coisa, mandem um e-mail, um twitter, um recado no Orkut ou Facebook. Mas, parcimônia, OK!?

Rolemberg Matos - assessor de comunicação da Mais Brasil  


 
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