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terça-feira, janeiro 31

Miriam Leitão: A bola da vez, agora, é Portugal

Miriam Leitão no Bom Dia Brasil - Rede Globo

Portugal, agora, segue o caminho da Grécia. Ontem, o custo do seguro contra o calote português, o chamado CDS, disparou. Quando ele fica mais caro, significa que o mercado está com mais medo de o país dar um calote.
O problema é que, quando a Europa exigiu que os bancos dessem à Grécia perdão de parte da dívida, garantiu que seria o único país que daria o calote. Por isso, foi dado um grande empréstimo a Portugal, suficiente para o país honrar a dívida deste ano.
Portugal tem de rolar € 25 bilhões só em 2012 e está com mais de 90% do PIB de dívida e 10% de déficit público, uma situação muito difícil de sustentar.
O problema é que os bancos, que já aceitam receber apenas € 3 em cada € 10 que emprestaram à Grécia, começaram a ter medo de o mesmo acontecer com Portugal e foram correndo comprar seguro.
Ele ficou mais caro, e a dívida de Portugal, difícil de rolar. Vai se formando, então, um círculo vicioso.
O acordo fiscal fechado ontem é um avanço: 25 países concordaram em buscar um déficit de apenas 3% do PIB. O problema é como fazer isso ser respeitado.
O monitoramento da Grécia, por exemplo, é inviável. A proposta dos líderes da zona do euro não é apenas mandar fiscais externos, como o Brasil viu na época de Delfim Neto, quando fiscais do FMI vinham ver se o país tinha cumprido as metas. Na Grécia, eles querem nomear alguém para controlar o orçamento. Isso é perda total de soberania, e a Grécia não aceita.

Fonte: oglobo.com

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