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terça-feira, maio 31

Cartaz do III Congresso Internacional sobre Migrações


Mais informações, clique aqui.

Divulgação: Festa da Solidariedade e dos Povos


Para relembrar aqueles que já sabem e para avisar os restantes. Será na Casa Diocesana - Seminário de Vilar, rua Arc. van-Zeller, 50 - Porto, nos dias 10 e 11 de junho. A entrada é livre.
Não faltem!

quinta-feira, maio 26

Divulgação: Formação Pedagógica Inicial de Formadores


Mais informações, site do Espaço T: http://www.espacot.pt/ETp/cursos_nao.html#form_ini

quarta-feira, maio 25

Sessão Informativa sobre Técnicas de Procura de Emprego

Caros e caras associadas e comunidade em geral,

Convidamos a todos e todas  a participarem da Sessão Informativa sobre Técnicas de Procura de Emprego, que objetiva trazer informações e dicas que auxiliem as pessoas desempregadas ou que estão à procura de um novo emprego nesse grande desafio.

 As inscrições são gratuitas!!!!

Data: 27 de Maio/2011 (Sexta-Feira)
Horário: 15 às 17 horas 
Local: Centro Comunitário São Cirilo - Rua Barão de Forrester, 968 – Porto
Ponto de referência: Próximo à estação do Metro Carolina Michaelis
                                   
Programa:

1 - Motivação e procura de emprego. 
2 - Tipos de Curriculum - o Curriculum Europeu.
3 - Como elaborar:
·         Curriculum Vitae;
·         Carta de apresentação;
·         Carta de candidatura espontânea;
4 - A entrevista de emprego:
·         Aspectos a ter em consideração e      
·         Comportamentos adequados numa entrevista de emprego.
5 - Listagem de agências e sites de procura de empregos.
6 - Importância da habilitações académicas para encontrar emprego:  informações sobre como aumentar o nível de qualificação escolar, 6º, 9º e 12º anos de escolaridade (RVCC Escolar).
7 - Informações para reconhecimento e habilitações profissionais de licenciatura e autorização de acesso a exercer sua profissão em Portugal.
As inscrições podem ser feitas: 
Enviando seu nome completo e nº de telemóvel para geral@maisbrasil.pt ou pelo telemóvel: 934 222 442

(As vagas são limitadas)
Pedimos que envie este mail para seus amigos/as que possam se interessar ou necessitar dessas informações e serão todos bem-vindos.

Forte abraço!
                                                                                 Wilma Costa
                                                                   Coordenadora das sessões informativas da AMB


segunda-feira, maio 16

Crise em Portugal manda brasileiros de volta para casa


Número de desempregados brasileiros dobra no país, que terá aumento de impostos e retração do PIB em 2011 e 2012.
“Isso de ir embora já vem vindo de um ano atrás”, diz o piauiense Mike Moraes, de 44 anos, que há 10 chegou a Lisboa. Sem dois dos três empregos que tinha e ganhando só para o sustento, embarca na próxima semana para Curitiba. Terra da mulher, Maria Helena Corrêa de Souza, de 43 anos, que hoje tem dois trabalhos em vez de seis. “Vou com uma mão na frente e outra atrás. Não deu para atingir o objetivo, né?”
Foto: Getty Images

Em crise, Portugal, que abriga a quinta maior comunidade de brasileiros no exterior, tem se tornado menos atrativo para os que querem fazer a vida fora do País. O ajuste acordado com FMI e Comissão Europeia freará uma economia já pouco pujante, que deve encolher 2% neste e no ano que vem. O desemprego, já em históricos 11,2%, deve chegar 13% em 2013. Para aumentar a arrecadação, o governo irá continuar com o aumento da carga fiscal iniciado em 2010. Nas despesas, intensificará o congelamento de investimentos e cortes em prestações de serviços sociais e públicos.
Além das difíceis condições internas, ganhar em euro não é mais a mesma coisa. Como o real, o euro também vem se fortalecendo em frente ao dólar. A cotação da moeda caiu do pico de R$ 3,97, atingido em 2002, para R$ 2,17 em janeiro. Depois de um crescimento constante de 2000 a 2006, as remessas de imigrantes ao Brasil caíram, de acordo com o Banco de Portugal – o banco central local. Nos dois primeiros meses de 2011, o valor enviado – 43,4 milhões de euros – foi 11,2% menor que o do mesmo período de 2008.
Dados do Instituto de Emprego e Formação Profisisonal (IEFP) indicam que o número de brasileiros inscritos em centros de emprego saltou de 5 mil em março de 2008 para 10,7 mil no mesmo mês deste ano – há cerca de 106 mil brasileiros com a documentação legalizada no país. A taxa média de desemprego entre os imigrantes como um todo, em 2010, foi quase o dobro da média nacional – 19% contra 10,8%. “Eu aconselho fortemente os candidatos imigrantes a não virem”, diz Carlos Vianna, presidente da associação Casa do Brasil de Lisboa, que reúne imigrantes brasileiros e lusófonos. “Não há oportunidades para melhorar de vida. Há é dificuldades.”

Sem obras, sem vagas
Mesmo nas áreas em que não há necessidade de qualificação, são escassos os postos de trabalho. “A situação está bastante complicada. Obras públicas não há, obras particulares não existem”, afirma José Dinis, secretário-geral da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro.
Na construção civil, o número de vagas caiu 20% entre fevereiro de 2008 e o mesmo mês deste ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística de Portugal. Essa área absorve um em cada cinco brasileiros recém-chegados ao país, de acordo com um estudo feito por três instituições de ensino superior portuguesas. Em 2009, quando a pesquisa foi feita com 1,4 mil brasileiros, 15% dos empregados estavam no setor. “Quando cheguei aqui eram só gruas. Você via uma, ia atrás e tinha vaga”, diz o piauiense Moraes.
Pintor, o capixaba Leonardo Vinicius, de 25 anos, responde pelo anúncio “Procuro trabalho no estrangeiro”, publicado em abril em um site de empregos. “Um amigo meu foi para a Inglaterra e diz que está indo bem lá.” Há um mês sem trabalho, faz meio período em montagem e entrega de móveis. Os pais, há 20 anos em Portugal, também pensam em ir embora. Ele está no país há nove e tem mulher e filhos portugueses. “Se aparecer, vou ter de pensar bem”, diz.
Embora a carteira de clientes do Banco do Brasil em Portugal tenha crescido 10% em 2010 – para cerca de 13 mil correntistas –, o número de cancelamento de contas correntes foi expressivo no ano passado. Segundo administrador-adjunto, Márcio Luiz Moral, cerca de 3,8 mil contas foram fechadas. “Tem aumentado o movimento de encerramento por retorno ao Brasil”, afirma. As baixas foram compensadas pela entrada de novos clientes. “Renovamos nossa base.”

Só de volta
Se a crise faz os brasileiros voltarem para casa, ela gera oportunidades em algumas áreas. Funcionária de uma agência de viagens em Lisboa, a carioca Pâmela Suzarte, de 29 anos, tem o que comemorar. Nunca, diz, tinha vendido 85 passagens para o Brasil em um mês. Todas de ida. “Foi o recorde”, diz. “Agora que o povo tá indo embora é hora de eu ficar.” O Itamaraty informou que, embora possa haver brasileiros voltando para o País por causa da crise econômica, não se pode falar em movimento em massa.
Na Organização Internacional para a Migração (OIM) em Portugal, que paga passagens de quem não tem dinheiro para voltar para casa, os brasileiros sempre foram maioria. Nos últimos tempos, no entanto, o percentual tem crescido ainda mais. De 70% dos beneficiados em 2007, passaram a ser 83% neste ano. Voltam, sobretudo, os que estão em Portugal há mais de cinco anos: de um em cada cinco beneficiados em 2007, passaram a um em cada dois em 2010.

Redução do orçamento
“TV a cabo, assinatura de internet, já mandei para o espaço. Vendi carro, vendi tudo que eu tinha. Faz um ano [que a situação piorou]”, diz Daniel Morais, nascido no Cabo Verde, ilha da costa africana, mas criado no litoral paulista, para onde pretende voltar em agosto. Sem emprego, vive de bicos de segurança e mecânico, que não aparecem todos os dias. “Faço meio período nos finais de semana. Agora, durante a semana é dia sim, dia não”, diz. A informalidade atingia 7,1% dos brasileiros empregados e ouvidos na pesquisa feita em 2009.
Três meses sem ocupação foi assim que o mineiro Wendel Martins, de 24 anos, conseguiu voltar à ativa. Desde março e pelos próximos dois meses, vai tirar adesivos autocolantes de trens. “Foi com o amigo da minha mãe. Essas coisas sem contrato”, diz. Ele não é o único. “Isso aqui é uma ilusão. Não dá mais nada”, diz Edméia Clemente, a mãe, de 44 anos, lamentando ter tido de vender as peças de ouro que ganhou de um namorado que conheceu no país.
“Trazem ouro português, com 19,2 quilates, já que o brasileiro nós não aceitamos. São pessoas que estão aqui há mais tempo, integradas já”, diz o português Manuel Rebelo, sobre o aumento que percebe no número de clientes brasileiros na loja de penhor em que trabalha. Um negócio que, em tempos de crise, só cresce, segundo ele. “O mês passado foi uma loucura. Fizemos 50 contratos em um dia. Normalmente eram 10, 20. São pessoas cujo patrão não paga ou que têm negócio e precisam pagar os funcionários.”
No imóvel em que a baiana criada em São Paulo Claudia Martins, de 32 anos, tentou no ano passado abrir uma filial de sua loja de cosméticos, hoje há um estabelecimento de compra de ouro. “Fechamos assim que inauguramos. Achamos melhor encerrar antes que levasse esta aqui, que também está vendendo menos”, diz, referindo-se à unidade que mantém aberta. Uma das duas empregadas que demitiu, ambas brasileiras, já voltou para o Brasil. “Está se dando muito bem lá.”

Fonte: IG

domingo, maio 15

Bolsas de estudo no exterior. Cursos técnicos no Brasil


Governo quer aumentar em 15 vezes o número de estudantes no exterior. A presidente afirmou esta semana que o governo pretende conceder 75 mil bolsas de estudo.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo pretende conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior até 2014. Segundo ela, cerca de 5 mil brasileiros estudam atualmente em países como a Alemanha, França e Estados Unidos. Segundo a presidente, " é um desafio grande, mas podemos alcançá-lo".
Em seu programa semanal Café com a Presidenta, Dilma avaliou que, com as bolsas de estudo no exterior e com o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), o país dará um “grande salto” no desenvolvimento.
- Temos que lembrar que o Brasil precisa de mão de obra qualificada para prosseguir nesse novo ciclo do seu desenvolvimento.
De acordo com Dilma, o governo conclui este ano 81 novas escolas técnicas e entrega mais 200 até 2014, totalizando 555 unidades em todo o país.
Os cursos disponíveis, segundo ela, incluem áreas como hotelaria, culinária e informática. Dilma destacou ainda que o chamado Sistema S (Senai, Senac, Senar, Senat e Sescoop) terá sua estrutura ampliada por meio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Fonte: 180graus.com

sábado, maio 7

Expatriados discutem demandas em Brasília

Desde o começo da semana representantes de brasileiros que moram no exterior discutem com ministérios as principais necessidades lá fora. Um dos pleitos é mais ensino de português.

Até esta sexta-feira (6), o Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior, grupo que representa os expatriados do país em quatro diferentes regiões do mundo, está em Brasília para discutir as principais demandas de brasileiros que moram fora do país. No encontro, além de receberem informações sobre o funcionamento do Itamaraty e suas atividades, os integrantes estão tendo a oportunidade de conversar diretamente com representantes dos ministérios brasileiros, inclusive das Relações Exteriores, para avaliar ações que vêm sendo implementadas em prol das comunidades do país lá fora. 



De acordo com o subsecretário geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, o embaixador Eduardo Gradilone, uma das demandas da maioria das regiões é o ensino do idioma português. Os brasileiros que moram em outros países não querem perder a fluência na língua mãe e garantir que seus filhos, muitos nascidos lá fora, possam estudar o idioma. Nesta área, de acordo com ele, uma das necessidades é que seja divulgado o que há de disponível para as comunidades em cada país.

Também a regularização migratória é uma demanda da maior parte dos países. Não costuma ser um problema em regiões como Japão, onde a maioria está legal, ou Oriente Médio, para onde os brasileiros normalmente se mudam para cargos de trabalho sofisticados, para estudo ou por meio de casamentos, mas sim de regiões como Estados Unidos, Europa, Paraguai e Bolívia, entre outros. Nos países sul-americanos, inclusive, o governo brasileiro tem desenvolvido conversas e parcerias para resolver as questões de imigração.

No Oriente Médio, de acordo com Gradilone, um dos pleitos é a proteção à mulher, em função de violência e mau tratos a elas. O Oriente Médio faz parte, no Conselho, do grupo “Ásia, África, Oriente Médio e Oceania”, composto por três membros titulares do Japão e um do Líbano. Também fazem parte do Conselho o grupo “Américas do Sul e Central”, “América do Norte e Caribe” e “Europa”. Todas as divisões têm também quatro suplentes. No grupo da Ásia, África, Oriente Médio e Oceania, há dois suplentes do Japão e dois do Líbano. Segundo Gradilone, do Líbano participam do encontro em Brasília dois representantes, o membro titular Siham Harati e o primeiro suplente Khaled Haymor.

O conselho foi eleito em novembro do ano passado e empossado em dezembro. Antes disso funcionava um grupo provisório. Essa foi a primeira reunião do grupo, que trabalha em cima da “ata consolidada de demandas”, documento que reúne as discussões e ações implementadas a partir da Conferência Brasileiros no Mundo, que ocorreu nos anos de 2008, 2009 e 2010 no Rio de Janeiro, com representantes das comunidades brasileiras de fora do país. A próxima, em outubro deste ano, ocorrerá em Brasília, segundo Gradilone.

O diplomata conta que o processo emigratório do Brasil é recente e se deu na metade dos anos 80 e, especialmente, nos anos 90. “Criamos o conselho atendendo à demanda dos brasileiros”, afirma o embaixador. O grupo está recebendo uma série de palestras em Brasília para entender melhor e interagir com as relações exteriores do governo. O encontro é promovido pelo Itamaraty e organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão.

Fonte: ANBA

sexta-feira, maio 6

III Congresso Internacional sobre as Migrações

O III Congresso Internacional sobre as Migrações se realizará nos dias 17 e 18 de junho, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Portugal.


O congresso será organizado pela Associação Mais Brasil, AGIR – Associação para a Investigação e Desenvolvimento Sócio-cultural,  e ISMAI – Instituto Superior da Maia, com o apoio do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI).


Segue, em anexo, a convocatória para o Congresso. Associados da Mais Brasil não pagam inscrição, sendo necessária inscrição prévia

(Para baixar o documento em PDF, clique no título abaixo e em download, na página SlideShare).


quinta-feira, maio 5

Tratado de Schengen alvo de alterações

Comissão Europeia vai tomar medidas restritivas sobre a livre circulação de pessoas e mercadorias, previstas no Tratado de Schengen. Êxodo de dezenas de milhares de pessoas para países do Mediterrâneo leva a um controle limitado das fronteiras em situações excepcionais.
Os problemas relacionados com a imigração massiva – que afeta países europeus, incapazes de travar o êxodo da população da Líbia e Tunísia, sobretudo – levou a Comissão Europeia a apresentar algumas iniciativas, que têm como finalidade criar excepções ao Tratado de Schengen. 

Os países europeus querem controlar a entrada de refugiados e pretendem que algumas normas do Tratado de Schengen (assinado em 1985, com o objetivo de criar um espaço comum de livre circulação de pessoas e mercadorias) sejam revistas.



Nesse sentido, a Comissão Europeia apresenta agora medidas que preveem algumas restrições à livre circulação. França e Itália manifestaram preocupação sobre o assunto, recentemente, e receberam o apoio da Alemanha.

Estas propostas estarão em análise no Conselho Extraordinário de Justiça e Assunto Internos, que decorre a 12 de maio. O Conselho Europeu vai também debater o assunto, no próximo dia 24 de julho. Os governos europeus poderão, assim, retomar o controlo interno das fronteiras em situações excepcionais. 

Segundo a comissária europeia dos Assuntos Internos, Cecília Malmström, “a reforma visa salvaguardar a estabilidade do espaço Schengen”, através da "reintrodução temporária de controlos limitados das fronteiras em situações excepcionais", como é o caso dos momentos em que os países ficam perante êxodo em massa das populações.

O projeto de revisão de Shengen pretende, por outro lado, reforçar o papel da Frontex – Agência Europeia de Controlo das Fronteiras e uma abordagem estratégica para as relações com países terceiros em matéria de emigração.

Fonte: Ciberjunta 

quarta-feira, maio 4

Visita do representante da ABRAS ao Consulado-Geral do Brasil no Porto


Ruth Teixeira, pres. da Mais Brasil, Dra. Rosely de Mathemeier, vice-cônsul, Cristina Bernardini, ALCC, e Edmar Rocha, ABRAS.

Dentro das actividades relacionadas à divulgação do CRBE em Portugal, o gerente da Associação Brasileira no Reino Unido, Edmar da Rocha, foi recebido pela vice-cônsul, Dra. Rosely de Mathemeier, na manhã do dia 02 de maio. Acompanhado pela presidente e pelo assessor de comunicação da Associação Mais Brasil, Ruth Teixeira e Rolemberg Matos, respectivamente, e pela representante da Associação Lusofonia Cultura e Cidadania, Cristina Bernardini, Edmar da Rocha pôde se inteirar das características do imigrante brasileiro no norte de Portugal e dos serviços mais procurados pela comunidade naquele posto consular.

No final da reunião, Rocha percorreu todos as salas de atendimento dos diferentes serviços numa visita guiada pela Dra. Mathemeier para ilustrar o dia-a-dia do consulado.

A Associação Mais Brasil, ABRAS e ALCC discutem a representatividade dos brasileiros no exterior

O 1º Encontro Transnacional de Associações Brasileiras: Brasil e Reino Unido aconteceu no último dia 02 de maio, no Clube Literário do Porto. O evento, organizado pela Associação Mais Brasil e ALCC, teve como palestrante o gerente da ABRAS, Edmar da Rocha, e contou com a presença da vice-cônsul Rosely de Mathemeier.

O colóquio teve como tema principal as propostas do Conselho dos Representantes dos Brasileiros no Exterior (CRBE) e contou com a participação do público através de perguntas, exigências e reflexões sobre a questão da representatividade local.


O público teve participação ativa no encontro

Edmar da Rocha (ABRAS) e Ruth Teixeira (Mais Brasil)



Dra. Rosely de Mathemeier (primeira à esq.)

domingo, maio 1

Crise em países ricos e aquecimento interno fazem número de executivos estrangeiros crescer no Brasil

Aos olhos dos estrangeiros, o Brasil já é mais do que a terra de samba e pandeiro. Pode ser a terra do emprego para executivos. De um lado, a economia se contrai nos países centrais. Do outro, o Brasil, a despeito de uma inflação alta que ameaça o crescimento sustentável, atrai investimentos, mantém um mercado de trabalho de dar inveja ao clube dos desenvolvidos e vê crescer a renda e o consumo das famílias. Um cenário que faz com que profissionais qualificados de outros países considerem o Brasil uma opção interessante para a carreira. E deixam empregos nos EUA, na Europa, na distante Austrália para encarar o desafio de trabalhar - e morar - em terras brasileiras.

  Michael Connell, australiano: o Brasil está crescendo e não quero perder essa oportunidade

Tanto que, nas projeções de consultorias especializadas, com base em dados do Ministério do Trabalho, o país recebeu, em média, 30% mais trabalhadores qualificados - ou mais de 15 mil autorizações concedidas a estrangeiros para trabalhar aqui - só nos primeiros três meses de 2011 ante igual período do ano anterior (11.500). As consultorias calculam que, no caso de gerentes, o crescimento foi ainda maior, de 40%, enquanto a vinda de diretores e presidentes de empresas ficou em 30% maior.


- Com a crise na Europa e a retomada lenta da economia dos EUA, a procura de profissionais de outros países pelo Brasil é cada vez maior. Hoje, 20% dos currículos que recebemos são de estrangeiros. Esse índice dobrou em relação a 2009. Sempre se diz que o ano começa após o carnaval, mas este ano isso não foi verdade - disse Leonardo Ribeiro, diretor da Fesa, especializada em recrutar altos executivos.

O americano Lucas Kurt comprova a percepção do especialista. O advogado chegou em abril para assumir a nova área de Consultoria em Direito Norte-Americano e Compliance no Manhães Moreira Advogados Associados, em São Paulo. Formado em Direito pela St. John's University School of Law e pós-graduado pela University of South Carolina School of Law, já trabalhou como auditor interno de companhias americanas.

- Decidi vir para o Brasil pelo desafio que essa mudança representaria, pelas oportunidades que aqui eu teria, pelo momento de crescimento que o país está vivendo e pelo interesse que tenho na cultura daqui. Nos últimos dois anos, está bem mais difícil conseguir um emprego bom nos EUA em função da crise.

Balanço da Coordenação Geral de Imigração (CGig), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que 56.006 profissionais estrangeiros foram autorizados a trabalhar no Brasil em 2010. Em 2009, foram 42.914.

O setor de óleo e gás - exploração de petróleo e gás na plataforma continental brasileira - é o que mais desperta interesse dos estrangeiros. Isso porque as indústrias encomendaram equipamentos sofisticados, como navios do tipo sonda e plataformas de perfuração, exigindo gente capaz de lidar e treinar pessoal para usar esses investimentos.
- É um movimento que vem com o desenvolvimento - disse Paulo Sérgio de Almeida, coordenador de Imigração do MTE. - Os dados não indicam que a presença de estrangeiros se dá por falta de mão de obra qualificada.

O australiano Michael Connell engrossa as estatísticas do governo. Após mais de dez anos trabalhando como contador nos quatro continentes, foi ser gerente de Relações com Investidores da Wilson, Sons, no Rio. A empresa atua nos setores portuário, marítimo e de logística terrestre. Casado com uma brasileira, resolveu apostar as fichas num país cuja economia deve encerrar 2011 com crescimento em torno de 4%.
- O mundo é global. O Brasil está crescendo e não quero perder essa oportunidade - disse o executivo num bom português.



Fonte: O Globo
 
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