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segunda-feira, maio 31

Brasileiros no exterior em más condições



Brasil insatisfeito com tratamento dado a brasileiros no exterior
Por Vitor Abdala - Agência Brasil

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse hoje (29) que o Brasil está insatisfeito com o tratamento dado aos brasileiros por autoridades de imigração de outros países.

A afirmação foi feita durante palestra sobre migração no 3 º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações das Nações Unidas, que termina hoje no Rio de Janeiro.

CONSTRANGIMENTOS
Segundo o ministro, todos os dias cidadãos brasileiros "sofrem constrangimentos, maus tratos e prisões" quando tentam ingressar ou ficar em outros países. Para ele, é preciso que esses países respeitem os brasileiros, assim como o Brasil respeita os imigrantes que procuram o país.

"O Brasil tem hoje uma política de imigração coerente com sua história, já que somos um país formado por migrações. Por isso, o Brasil respeita os imigrantes e tem leis que transmitem esse reconhecimento com um tratamento digno e adequado às pessoas que chegam ao nosso país. Ao dar esse tratamento, também temos exigido que os brasileiros sejam tratados da mesma forma lá fora".

DRIBLAR
Para o ministro, mesmo quando burlam as regras de imigração de determinado país, os brasileiros não devem ser tratados como criminosos.

"Ainda que haja uma burla à norma migratória, isso não é uma matéria do direito penal. É uma norma do direito administrativo e assim deve ser tratado". Na opinião de Barreto, nesta década o mundo regrediu em relação às políticas de imigração.

Mulheres brasileiras na Corrida da Mulher





Registamos a presença das brasileiras mais charmosas da cidade do Porto na Corrida da Mulher. Foram muitas as inscrições das nossas associadas no apoio a esta causa tão nobre que é a luta contra o cancro de mama. Ficam aqui algumas imagens... Para quem nos segue no orkut e facebook tem mais! Para o ano tem novamente!

quinta-feira, maio 27

Imigração e União Europeia




Europa discute novos mecanismos de imigração legal


Até 2050, a Europa terá um déficit demográfico de 50 milhões de pessoas. Deputada responsável por relatório sobre o assunto defende que imigração ordenada e legal é necessária nos países da UE.

Devido à composição e ao desenvolvimento demográfico da União Europeia (UE), a Europa precisará de mais 50 milhões de pessoas até 2050, afirmou a parlamentar europeia Maria Muñiz, em entrevista à Deutsche Welle. Muñiz apresentou um relatório sobre migração no contexto do Eurolat, assembleia parlamentar mista que reúne deputados europeus e latino-americanos.

Reunidos em Sevilha, na semana passada, os parlamentares preparam propostas com vista à 6ª Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe, que se realiza na próxima semana. Segundo Muñiz, a migração é – em ambos os sentidos – um “tema sensível”.

Ainda ecoa, neste contexto, a onda de protestos que causou na América Latina a aprovação da Diretriz de Retorno, que prevê, em âmbito europeu, a prisão de até 18 meses para estrangeiros ilegais, além de estabelecer condições comuns para a deportação dos mesmos.

“A imigração na União Europeia tem que ser ordenada, estar vinculada ao mercado de trabalho e ser acertada com outras políticas de integração, com políticas de cooperação com os países de origem e os países de trânsito. Tratando-se do mercado interno, todas as medidas têm que estar combinadas e acertadas no contexto da União Europeia. O objetivo é ter uma política comum de migração”, explicou a deputada.

Do grupo de trabalho criado para superar o obstáculo da Diretriz de Retorno – que a eurodeputada prefere chamar de “diretriz da vergonha” – saiu a proposta de instituir um Observatório das Migrações. “Para que possamos analisar os dados, saber quantas pessoas vêm e a que se dedicam, que tipo de trabalho possuem, como também para ter um panorama geral com dados científicos concretos sobre o que acontece com o fenômeno da migração entre a União Europeia e a América Latina”, declarou Muñiz.

Espanha não é Finlândia

O fluxo latino-americano de migração não é homogêneo nos 27 países-membros da UE. A Espanha é o destino número 1 dos latino-americanos, seguida da Itália. “Devido ao idioma e ao legado comum, inclusive familiar. Existem muitos imigrantes que são descendentes de espanhóis, muitos laços nos unem”, disse Muñiz.

No entanto, em um espaço sem fronteiras internas, ao ingressar em um país-membro da UE, uma pessoa estará entrando em toda a União Europeia. Por isso, a tendência é unificar as políticas migratórias. Regularizações em massa de estrangeiros em um país-membro da UE – como as realizadas na Espanha em 2005 – não são bem-vistas.

Pacto Europeu sobre Migração e Asilo

Lutar contra a migração legal e regulamentar extradições, aumentar o controle de fronteiras, criar uma política comum de asilo, selar acordos com os países de origem e trânsito e organizar a imigração legal são os objetivos do Pacto Europeu sobre Migração e Asilo.

Quanto à imigração legal, aposta-se no Cartão Azul, mecanismo que permite acesso ao mercado de trabalho europeu a imigrantes altamente qualificados. Supõe-se que, após a total liberalização do mercado de trabalho para cidadãos da UE, cujo prazo é 2011, o Cartão Azul poderá começar a abrir as portas da Europa para cidadãos de outras regiões.

Sem perspectivas para os menos qualificados?

Todavia, boa parte dos imigrantes não é “altamente qualificada” e, para muitos deles, existe um mercado de trabalho “invisível”, que são os serviços domésticos. Organizações de mulheres imigrantes, como a Rede Europeia de Mulheres Migrantes, defendem políticas que levem em conta as necessidades femininas específicas.

“Queremos que haja uma atenção especial para grupos vulneráveis, ou seja, uma dimensão de gênero e de família para a imigração latino-americana para Europa. Por isso, achamos que os países-membros têm que levar em consideração os direitos das crianças, um grupo especialmente vulnerável, e a situação das mulheres. O Cartão Azul está previsto para a imigração legal de pessoas qualificadas, mas também para pessoas sem qualificação. De qualquer forma, isso tem que estar vinculado ao mercado de trabalho. A partir da legalidade, para pessoas que já estão na Europa vinculadas a condições trabalhistas, há certamente perspectivas de futuro”, responde Muñiz.

Por esse motivo, antes de apresentar seu relatório no âmbito do Eurolat, a deputada declarou, na condição de representante do grupo de trabalho: “Com este relatório, tentamos superar as limitações da Diretriz de Retorno em relação à migração e propomos acionar novos mecanismos para promoção da imigração legal, entre eles, as políticas comuns de visto, a regularização por mérito individual ou o reconhecimento de títulos acadêmicos e qualificação profissional, assim como a imigração temporária e circular.”

Já viu histórias destas?!

Uma reportagem do UOl, para ler e identifica-se... Ou não!

Nós, na Mais Brasil, lutamos diariamente pela inclusão social dos nossos imigrantes na cultura portuguesa. O caminho nem sempre é fácil, mas aprendemos diariamente, com os "casos de vida" que nos chegam, que vale à pena lutar por mais igualdade, direitos e cidadania!

PRECONCEITO EM PORTUGAL
Por Fernando Moura (especial para o UOL em Lisboa)


"A discriminação em Portugal é um fato", diz energicamente Paula Toste quando questionada pelo UOL sobre a forma como foi tratada quando viveu na capital portuguesa Lisboa por duas vezes.

"Sentia a discriminação pelo sotaque, era começar a falar que já olhavam de outra maneira. O fato de eu ser do Brasil era pior devido à péssima fama das brasileiras que vão para a Europa se prostituir."

Como Paula, outras mulheres brasileiras que decidem emigrar para Portugal queixam-se cada vez mais de discriminação e do preconceito por parte dos portugueses em diferentes momentos da sua vida, mas principalmente na hora de arranjar casa para morar.

Mas o UOL apurou também que elas sofrem ainda insultos ou diferenciação salarial no trabalho, abusos de autoridade das forças de segurança e incorreto atendimento nos serviços públicos pelas situações do cotidiano. Estes fatos são os que mais queixas de discriminação racial geram neste país da Europa.

Um estudo apresentado em julho de 2007 pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), intitulado "Imigração Brasileira em Portugal" e coordenada pelo professor Jorge Malheiros, revelou que o 45,3% dos entrevistados consideram ter visto "bastantes" casos de discriminação da parte dos portugueses em relação aos brasileiros. Considerando conjuntamente os que assinalam "bastantes" casos e "alguns" casos, esse número sobe para 71,9%.

Apenas 19,3% dos entrevistados disseram nunca ter visto "nenhuma" situação dessas. Além disso, o relatório revela que 34,5% dos brasileiros entrevistados declararam ter tido conflitos com cidadãos portugueses pelo fato de serem brasileiros, mas 65,3% afirmam nunca ter tido esse problema.

A pesquisa ouviu 400 brasileiros que vivem em Portugal, sendo 255 homens e 145 mulheres. O levantamento foi feito a partir de entrevistas diretas, pessoais, que duraram cerca de 25 minutos e foram realizadas na residência dos entrevistados ou em locais públicos, de acordo com um questionário previamente elaborado.

Paula é luso-descendente. Nasceu no Rio de Janeiro e nos últimos anos esteve por duas vezes vivendo em Portugal, "uma porque ganhei uma bolsa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português; outra, a procura de uma nova experiência profissional", conta ela, que diz se sentir à vontade para comentar o assunto pelo fato de a sua origem ser portuguesa, o que reforça o seu desgosto. "O meu pai emigrou dos Açores para o Brasil".

Sensivelmente magoada pela sua experiência européia, ela diz que trabalhou 9 meses em uma dependência do MNE e foi bem recebida, mas não se cansa de afirmar que a discriminação em Portugal existe e é visível, sobretudo para os imigrantes que não estão legais.

Paula, que é graduada em Comunicação Social por uma universidade do Rio de Janeiro, diz que não quer voltar mais ao país. "Portugal para mim só de passeio para matar as saudades dos familiares e amigos, que vivem nas Ilhas dos Açores. Viver ali novamente, nem pensar! Só voltaria a morar em Portugal se por acaso estivesse trabalhando em uma empresa do Brasil e fosse transferida. Mesmo assim, só iria se eu não tivesse opção de escolha!"

Discriminação por telefone

"As brasileiras começam a ser discriminadas já quando telefonam para pedir informações sobre aluguel de apartamentos", conta Paula. "Uma amiga brasileira ligou perguntando o preço e a dona do apartamento disse que já tinha sido ocupado. Logo pediu para uma amiga portuguesa ligar e a mesma mulher disse o valor do aluguel e informou que ainda estava disponível. Ou seja, por causa do sotaque e percebendo que era brasileira foram negadas as informações."

Aline também imigrou do Rio de Janeiro.

Preferindo não divulgar o seu sobrenome, ela disse ao UOL que quando chegou a Aveiro, cidade no centro do país, procurou um apartamento para viver enquanto estudava. "Telefonei para várias pessoas.

Uma senhora me disse que não queria brasileiras no apartamento dela. Expliquei que estava na Universidade de Aveiro e ela falou que já tinha ouvido essa história antes e encerrou a conversa. Outra senhora me convidou para visitar o apartamento só para saber como eu era, pois já tinha negado a uma outra pela 'aparência duvidosa'."

Para esta estudante, o preconceito se torna mais agressivo por ser quase declarado. Mas ela ressalta que não é só com os brasileiros que isso ocorre. "Também discriminam mães solteiras, pessoas que vão morar junto sem se casar. São coisas já ultrapassadas em outros países e que em Portugal são ainda importantes."

Problema é pior na periferia

O ACIDI é um instituto público integrado na administração indireta do Estado, que tem como missão colaborar na concepção, execução e avaliação das políticas públicas relevantes para a integração dos imigrantes. O relatório do organismo sublima que os casos de "discriminação" estão se acentuando nos locais com maior concentração de imigrantes brasileiros, situados na periferia da capital portuguesa.

Em contrapartida, o espaço caracterizado pelo maior cosmopolitismo e pela freqüência mais elevada de contatos interétnicos - que seria a capital Lisboa - registra a maior porcentagem de respostas no conjunto das categorias "pouco e nenhum caso de discriminação" e claramente a menor na categoria "bastantes casos de discriminação".

No contexto da União Européia, um inquérito realizado pelo Observatório Europeu dos Fenômenos Racistas e Xenófobos, entre 2002 e 2005, a 1.619 imigrantes cabo-verdianos, guineenses, brasileiros e ucranianos residentes em Portugal revela que a maior taxa de discriminação se incidia na compra ou aluguel de um imóvel ou no pedido de um crédito bancário (42%) e no emprego (32%).

O último relatório de atividades da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) informa que, entre setembro de 2005 e dezembro de 2006, as grandes áreas de denúncias foram a laboral, forças de segurança e Estado, que representavam quase metade das 85 queixas apresentadas por particulares e associações.

Neste contexto, Manuel Correia, fundador da Frente Anti-Racista Portuguesa, alertou para as formas "sutis" de discriminação racial, que considera que têm grande peso.

"São formas de discriminação disfarçadas para diminuir o outro, mas nem sempre se pode provar que se está a discriminar", avalia.

Correia admite que se criam situações de "desencorajamento ao aluguel" de casas aos africanos e brasileiros, de "incorreto atendimento nos estabelecimentos públicos", a falta de promoção de carreiras, os baixos vencimentos e "as expressões injuriosas" das chefias no posto de trabalho e a "desproporcionalidade do uso da força da polícia junto da comunidade negra".

Flavia contou ao UOL que em uma das ligações que fez durante a procura de apartamento, uma senhora perguntou a ela de onde era. Quando disse que era do Brasil, a senhora falou que não alugava quartos a brasileiros. "Perguntei a ela o motivo e ela me disse: 'já tivemos experiência antes e sabemos como são os brasileiros. Gostam de pôr a música nas alturas e fazem bagunça'. As palavras dela apenas confirmaram o que eu já sabia."

A estudante disse que é difícil fazer comparações, mas pensando em experiências que teve em Lisboa e em Londres, na Inglaterra, percebe que a situação em Portugal é mesmo mais grave. "Em Londres, consegui arrumar um quarto no mesmo dia em que cheguei. Portugal é um país provinciano. A maioria da população é idosa e isso dificulta a negociação e vem se somar à barreira do preconceito que têm com brasileiros e com africanos. Ao final disto tudo, acabei por arranjar um quarto em uma casa que divido com outros brasileiros."

Ana Paula Bittencourt atualmente trabalha em uma clínica médica para poder custear o curso de mestrado em uma universidade de Lisboa. Ela diz que na chegada ao país foi mais difícil o convívio porque sentia muito as diferenças. "Agora já não ligo muito. Acho que o pior era uma certa desconfiança do que você está fazendo por aqui", diz ela.

A estudante diz que na primeira casa que alugou o dono mal falava com ela. "Só ficamos amigos depois que ele percebeu que eu não vim para cá para 'tentar a vida' [prostituir-se]. Quando saí de lá, o proprietário da casa onde moro atualmente comentou que se não tivéssemos um amigo em comum ele não alugaria a casa para uma brasileira."

A jovem que emigrou de Joaçaba (Santa Catarina) sente que a discriminação com os negros e imigrantes do leste europeu é muito maior que com brasileiros. "Tenho a idéia de que o pensamento aqui é que existem muitos brasileiros 'gente boa', que são simpáticos e trabalhadores. E trabalham naquilo que os portugueses não querem trabalhar. Mas com os negros isso não acontece. Nenhum se salva."

Conflito interno entre portugueses

Para o sociólogo carioca Marcos de Oliveira Gaspar - filho de um cidadão português emigrado para o Brasil na década de 1950 - e que chegou a Lisboa em maio de 2001 por meio de uma bolsa do Ministério dos Negócios Estrangeiros Português (MNE), a discriminação com os brasileiros é um conflito interno entre os portugueses.
"Como pode um povo discriminar os brasileiros e participar de forma tão intensa de um festival como o Rock'n Rio/Lisboa, com diversos artistas brasileiros. Acho que os brasileiros entraram em um processo de discriminação que é um fenômeno europeu, em decorrência da globalização econômica que, por conseqüência, atrai cidadãos de outros continentes que sofrem com as freqüentes crises econômicas, políticas e sociais das últimas três décadas."

Gaspar estudou o fenômeno da imigração em uma universidade de Lisboa e afirma que na hora de alugar uma casa, os portugueses irão preferir sempre um cidadão português. "No Brasil também é mais fácil alugar uma casa para um brasileiro do que a um estrangeiro. Fica mais fácil de resolver a documentação e confiar. No meu caso, que aluguei um apartamento com um amigo argentino, acabei tendo a preferência em relação a uns italianos. Mas claro que o fato de os dois sermos filhos de portugueses ajudou."

Liliana é um exemplo de brasileira que nunca sentiu o preconceito por ser do Brasil, mas sim por ser simplesmente imigrante. Ela imigrou para Lisboa em 2002 e trabalha para um órgão do governo. "Eu me sinto discriminada por ser imigrante e não por se brasileira", afirma. "Como não posso ter Bilhete de Identidade, também não posso comprar uma casa ou pedir um empréstimo. Não posso nem ter cartão de descontos da Fnac porque não tenho documento português".

Mas o sociólogo diz acreditar que se não houvesse essa forte imigração para Portugal, os brasileiros continuariam sendo muito bem recebidos. "Como ocorreu até o final da década de 1980, coincidência ou não, o período que Portugal entra na Comunidade Européia e o Brasil vive sua pior crise econômica."


Portugal vive uma colonização cultura às avessas, diz sociólogo luso-brasileiro

O sociólogo Marcos Gaspar voltou ao Rio de Janeiro depois de viver quase um ano em Lisboa. Ele estudou o fenômeno da imigração em uma universidade de Lisboa e diz que a discriminação em Portugal ocorre principalmente com os brasileiros de etnia negra ou parda e com baixa escolaridade.

"A questão racial é o ponto mais sensível e em uma escala de discriminação dos portugueses, os primeiros são os cidadãos da comunidade africana de língua portuguesa (cabo-verdianos, angolanos, guineenses), a brasileira em seguida e, por último, as comunidades do leste europeu."

Para o sociólogo, a discriminação ou a xenofobia é um fenômeno de toda a Europa, mas em Portugal possui certas particularidades. "Não parece abranger toda a sua sociedade, mas não podemos esquecer que Portugal é um país pequeno com uma população de apenas 11 milhões. Considerando que se estima que 10% dos residentes sejam estrangeiros, o preconceito acaba ocorrendo como uma reação para a manutenção da identidade nacional ou local e dos próprios empregos."

Por outro lado, Gaspar alerta que não se pode descartar que o domínio da língua e uma certa semelhança entre as culturas facilitam a inserção dos brasileiros que conseguem facilmente se adaptar em Portugal. "O fato é que está ocorrendo neste país uma certa colonização cultural às avessas e isso parece começar a incomodar os portugueses".

"O sotaque brasileiro gera sentimentos distintos entre os portugueses", diz Gaspar. "Por um lado, adoram a cultura brasileira, a música, literatura, telenovelas, futebol, passar férias no nordeste do país, o bom humor, a alegria. Mas por outro, sentem-se incomodados com a grande presença de brasileiros em Portugal, pela disputa por empregos ou pelos problemas da prostituição e dos casos de contravenção, e ainda da clandestinidade."

Ministro português nega que brasileiros sejam discriminados

Em Portugal não há discriminação em relação aos cidadãos brasileiros, afirmou à Agência Lusa, em Brasília, o ministro português da Administração Interna, Rui Pereira, que comentava uma informação divulgada pelo portal UOL.

"Temos uma cultura que não introduz nenhum fator de xenofobia e favorecemos políticas de integração. Nós não praticamos qualquer discriminação em relação aos brasileiros. Portugal é um país com uma tradição profundamente humanista em matéria de migrações", garantiu Rui Pereira.

O ministro lembrou que Portugal ficou em segundo lugar, logo após a Suécia, em um recente estudo feito pela União Européia sobre os países que têm tido mais sucesso na integração de imigrantes.

A pesquisa levava em consideração os 27 países do bloco, além de Noruega, Islândia e Canadá.

"Mulheres brasileiras em Portugal sofrem com a discriminação e têm dificuldade para alugar apartamento", foi manchete do UOL na terça, citando um estudo do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (Acidi), realizado em julho de 2007.

Nessa pesquisa, que ouviu 400 brasileiros que vivem em Portugal, 45,3% responderam ter visto "bastantes" casos de discriminação de parte dos portugueses em relação aos brasileiros.

Considerando também os entrevistados que viram "alguns" casos de discriminação, esse número sobe para 71,9% dos consultados.

Rui Pereira reforçou, entretanto, que a imigração legal é favorecida em Portugal, ao mesmo tempo em que é combatida a imigração ilegal, normalmente associada, segundo ele, a fenômenos sociais gravíssimos, como tráfico de pessoas.

O ministro disse ainda que foi aprovada no ano passado a nova lei de imigração portuguesa, que prevê a possibilidade de regularização de imigrantes, desde que tenham entrado legalmente no país, possuam contrato de trabalho e contribuam para a Segurança Social.

Rui Pereira afirmou que, desde outubro de 2007, foram deferidos mais de 7 mil pedidos de regularização de imigrantes em Portugal, dos quais cerca de 5 mil foram de brasileiros.

As autoridades portuguesas estimam que o número de imigrantes brasileiros ilegais em Portugal seja equivalente aos 70 mil que já têm situação regularizada.

terça-feira, maio 25

Corrida da Mulher - Inscrições on line!


Para quem ainda não teve tempo de passar numa SportZone fica a dica: a sua inscrição pode ser feita on line! Até hoje, ok?!

Clique aqui no link das INSCRIÇÕES ON LINE.
Preencha tudo, submeta, anote ou imprima o seu número de inscrição e sext-feira (28) ou sábado (29) levante o seu dorsal e t-shirt no NORTESHOPPING (Sport Zone).

As inscrições custam 2 euros por pessoa, dos quais 1 euro reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Núcleo Regional Norte, para o Cancro da Mama.

Bom, agora não há mesmo desculpas! Vamos todas apoiar esta causa!
Mais Brasil é MAIS MULHER SOLIDÁRIA!!

Alkantara Festival 2010



Porque é preciso alimentar a alma, a Associação Mais Brasil sugere a performance World of Interiors, de Ana Botelho e João Galante, para ver durante o Alkantara Festival 2010, de 27 a 29 de Maio, no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, sempre das 19h às 21h em sessões contínuas. Se está por Lisboa, não pode perder. A entrada e livre e leva-nos a pensar!

World of Interiors
performance - instalação
Ana Borralho & João Galante


World of Interiors é um projecto para uma performance/instalação, onde o público é confrontado com uma imagem inquietante: pessoas deitadas no chão, de olhos fechados e sem movimento evidente. Aparentemente nada acontece no exterior. Perante este vazio é exigido ao público uma acção, uma aproximação, um toque, um avanço na intimidade dos corpos, uma proximidade entre o público e os performers, para que se dê uma partilha deste mundo interior. Nessa intimidade somos interceptados por textos, as palavras de Rodrigo Garcia são-nos sussurradas dentro de uma ténue fronteira intima. De tempos a tempos a música de Mahler.

Nesta instalação/performance, o espectador é convidado a entrar e a sair conforme a sua vontade, a definir a sua duração, o tipo de relação e o momento de corte da mesma. “World of Interiors” explora a fronteira/relação entre o espectador e a obra, tentando sempre integrar o público no espaço e no tempo da performance.

Ficha técnica

Conceito, direcção artística, espaço cénico e luz Ana Borralho & João Galante
Performers (performers locais) Ainhoa Vidal, Alina Bilokon, André Duarte, Antonia Buresi, Célia Jorge, Chris Scherer, Elisabete Fradique, Laurinda Chiungue, Luís Godinho, Maria Manuela Marques, Pedro Frutuoso, Pietro Romani, Renata Portas, Ricardo Barbosa e Rui de Sousa

Texto A partir de fragmentos da obra teatral de Rodrigo Garcia
Tradução e colaboração dramatúrgica Tiago Rodrigues
Aconselhamento artístico Fernando Ribeiro
Aconselhamento luz Thomas Walgrave
Ensaios de voz (adagietto, 5ªsinfonia de Mahler) Margarida Marecos
Cantora ao vivo Margarida Marecos, Margarida Silva
Som Rui Dâmaso
Registo vídeo e edição Helena Inverno
Fotografia Vasco Célio
Produção executiva Ana Borralho, Mónica Samões, Miriam Vale


mais informações: http://www.alkantara.pt

segunda-feira, maio 24

Mulher brasileira corre solidária



Porque a causa é nobre, estamos a convocar as nossas associadas e amigas para participarem na Corrida da Mulher. Este evento anual, organizado pela Sport Zone, reverte o valor das inscrições para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.
As inscrições encerram amanhã, 25 de maio e vc ainda vai a tempo de garantir a sua participação!

Algumas Mulheres Mais Brasil já confirmaram presença. Mas ainda falta você!
Então corra até uma Sport Zone perto de sua casa (Dolce Vita, Santa Catarina, Norte Shopping...) e inscreva-se. São apenas dois euros para uma causa nobre... E uma excelente oportunidade de nos encontrarmos.

No Domingo, 30 de maio, estaremos "concentradas" a partir das 9h30 em frente ao Consulado Brasileiro/Boémia (Av. de França, Porto) para iniciarmos juntas esta corrida, que será mais de caminhada para a maioria de nós.

São cinco quilômetros de percurso, com largada na Av. 5 de Outubro e chegada nos Aliados (gabinete do munícipe).

Vamos participar!!

mais informações em: http://www.corridadamulher.pt

terça-feira, maio 18

Sete horas e meia...

...Era a média de espera para solicitar uma procuração no Consulado Brasileiro do Brasil no Porto, nesta segunda-feira, 17 de Maio. As reclamações eram muitas, faltaram senhas (às 11 da manhã, a "senha A", para passaportes, já estava esgotada) e houve quem tivesse vindo de fora do Porto e não conseguisse ser atendido.

A demanda, agravada pela paragem dos serviços consulares nos dias 13 e 14 de maio, implicou numa maior espera pelo atendimento e documentos solicitados. A situação, que esperamos ser pontual, causou transtornos a muitos brasileiros que tiveram que perder o seu dia de trabalho e em alguns casos não conseguiram ter os seus problemas resolvidos. Nem quem estava com crianças de colo escapou a longuíssima espera pelo atendimento.

terça-feira, maio 11

ONU Critica Lei de Imigração do Arizona

GENEBRA, 11 MAI (ANSA) - Uma equipe de especialistas da ONU indicou hoje que há "sérias dúvidas" de que a nova lei de imigração do estado norte-americano do Arizona esteja de acordo com os tratados internacionais sobre direitos humanos.

Segundo os representantes das Nações Unidas, a norma "atinge as minorias indígenas e os imigrantes, expondo-os a tratamentos discriminatórios".

A nova lei sobre o tema prevê que a polícia possa prender pessoas baseadas apenas em seu aspecto, caso não consigam provar que vivem legalmente nos Estados Unidos.

"As pessoas que têm aspecto de mexicanos, latino-americanos ou de origem indígena" foram colocadas em risco, analisou o grupo de especialistas sobre direitos humanos.

O presidente do México, Felipe Calderón, chegou a recomendar no início do mês que os cidadãos do seu país não viajassem para essa região dos Estados Unidos.

A equipe da ONU era formada por Jorge Bustamante, Githu Muigai, James Anaya, Vernor Munos Villalobos, Farida Shaheed e Gay McDougall.

domingo, maio 9

A Europa e os Imigrantes


Sabia que Maomé já é o nome mais registrado em Bruxelas e que em Londres o nome do profeta muçulmano é o terceiro mais registrado em recém-nascidos?!
Sabia que DOIS MILHÕES de cidadãos poloneses migraram da sua terra natal para a Europa ocidental, principalmente para a Inglaterra, desde que a Polônia passou a integrar a Comunidade Europeia?!
Sabia que na Espanha, a taxa de desemprego entre os imigrantes já supera a marca de 35%, contra 16% para os espanhóis?!
Estes são apenas alguns dados que refletem as questões mais emergentes da imigração na Europa. Para reflexão, reproduzimos aqui um artigo que aponta os maiores desafios da Europa: integrar os imigrantes.



Um dos maiores desafios da Europa é integrar os imigrantes
AE - Publicado no Jornal Cruzeiro do Sul

Maomé. Esse já é o nome mais registrado em crianças nascidas em 2009 na cidade de Bruxelas, a capital da Europa. Em Antuérpia, os cartórios registraram no ano passado mais crianças com o nome Maomé que Adam. Em Londres, o nome do profeta já é o terceiro mais registrado entre os recém-nascidos. O fenômeno da explosão de famílias muçulmanas, sul-americanas, asiáticas e africanas na Europa está obrigando governos da região a enfrentar um dos maiores desafios sociais das últimas décadas: garantir a integração desses imigrantes.

Ao mesmo tempo, projeções econômicas apontam que, sem os estrangeiros, a população europeia sofrerá uma contração até 2050 e o crescimento econômico estará comprometido por falta de mão de obra. Em 60 anos, a Europa passou de uma região de emigração para o local mais cobiçado por imigrantes de todo o mundo.

Por ano, são 500 mil estrangeiros irregulares que conseguem entrar no bloco. Os imigrantes já são responsáveis por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) europeu. Entre os que trabalham sem vistos, a estimativa é de que sejam 8 milhões de estrangeiros.

Hoje, os muçulmanos já são 15 milhões vivendo na Europa. Apesar de o número representar apenas 3% da população local, nunca a taxa foi tão alta desde que os mouros deixaram a península ibérica há alguns séculos. O Leste Europeu sofreu, nos últimos anos, uma verdadeira drenagem da população para as capitais dos países da Europa Ocidental. Dois milhões de romenos deixaram o país desde sua adesão à União Europeia (UE), em 2007. Teodora Petri, uma romena que trabalha em Barcelona, é uma das que acreditam que tomou o caminho certo ao deixar Bucareste. Na Polônia, o cálculo aponta que outros 2 milhões de cidadãos foram tentar a sorte no Ocidente, principalmente na Inglaterra.

A situação ficou ainda mais crítica em 2009. Quando achavam que o muro havia sido derrubado e que agora poderiam desfrutar a liberdade de trabalhar nos demais países do continente, a crise econômica caiu como um banho de água fria. Muitos, agora, começam o caminho de volta. Na Espanha, a taxa de desemprego entre os imigrantes já supera a marca de 35%, contra 16% para os espanhóis. No Reino Unido, dados oficiais mostram que em 2008, por conta da recessão, o recuo de imigrantes vindos do Leste Europeu foi de 44% no ano passado. Já a saída de estrangeiros do país aumentou em 50%, chegando a 66 mil.

A realidade é que, mesmo com a saída de muitos, a expansão da imigração foi acompanhada nos últimos anos por uma crise sem precedentes, desemprego e recessão. A reação de governos e partidos de direita foi a de aumentar as iniciativas para limitar a entrada de estrangeiros. Alemanha e Reino Unido passaram a exigir um teste escrito para selecionar quem receberia vistos. Na Espanha, o governo paga para aqueles que queiram abandonar a Europa de vez.

A tensão ainda ganhou uma conotação religiosa. O uso da burca começa a ser banido em vários países, assim como a construção de minaretes, a proibição de tribunais islâmicos ou projetos de novas mesquitas.

De outro lado, partidos de extrema-direita na Europa tentam ganhar espaço e votos de uma população fragilizada diante da pior crise econômica em 70 anos, usando exatamente a ameaça islâmica como plataforma de campanha eleitoral. "O pior que pode acontecer agora é que o tema de imigração se transforme em um tema populista", afirmou o ex-presidente de Portugal e alto comissário de Refugiados da ONU, Antonio Guterres. Seu alerta é de que de nada servirá limitar a entrada dos estrangeiros. "A Europa precisará da população estrangeira para continuar a crescer. A taxa de natalidade local não será suficiente nem mesmo para financiar as aposentadorias", disse Guterres.

Estudos da ONU mostram que, até 2050, a população europeia passará de 731 milhões de pessoas para 664 milhões se a imigração for barrada.



CURIOSIDADES - Tratado de Schengen
Sabia que há 15 anos, com o acordo assinado na cidade de Schengen dava-se o fim das fronteiras internas na União europeia?!

O tratado que permitiu uma maior mobilidade dos cidadãos dos países membros e ajudou a integrar a União Europeia, também complicou a questão da imigração.

Um dos maiores temores relacionado à área de livre circulação, especialmente com sua expansão nos últimos 15 anos, era de que o tratado acarretasse uma redução da segurança, elevando os índices de criminalidade na UE.

quarta-feira, maio 5

Recadastramento Eleitoral



Termina hoje o prazo para o recadastramento eleitoral. Para mudar o seu título para Portugal e poder cumprir com as suas obrigações eleitorais, dirija-se ao Consulado Brasileiro (Porto ou Lisboa)

Lembre-se que estar em dia com as justiça eleitoral é obrigatório. Todos os cidadãos brasileiros residentes no exterior, maiores de dezoito anos, também devem cumprir suas obrigações eleitorais (alistamento e voto).

Rejeição a imigrantes

ONU alerta sobre aumento da rejeição a imigrantes em países mediterrâneos
Fonte: Agencia EFE
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, o português António Guterres, advertiu hoje sobre o aumento da rejeição social aos imigrantes nos países europeus do Mar Mediterrâneo, diante do surgimento de focos de populismo.
Em entrevista à imprensa, Guterres mencionou particularmente a Itália, que "fechou suas portas aos refugiados africanos" após assinar um acordo com a Líbia.

No entanto, ele felicitou a "esperançosa" intenção da Grécia de reformar em profundidade um sistema de asilo "completamente injusto".

"Os problemas devem ser discutidos de forma racional, e não de maneira emocional", enunciou o dirigente português. Segundo ele, "a Europa não poderia sobreviver sem a imigração", devido ao envelhecimento de sua população.

Guterres - que na semana passada obteve teve o mandato renovado em mais cinco anos - expressou sua preocupação diante da erosão do direito de asilo na Europa e perante a profusão de estereótipos negativos sobre os estrangeiros.

"Todas as sociedades estão em vias de se transformar em multirreligiosas e multiculturais. É irreversível", proclamou Guterres. Para ele, "querer combater essa tendência é uma ilusão, um suicídio".

terça-feira, maio 4

Mitos Sobre Imigração

Seja na América, seja no espaço Schengen ou em qualquer parte deste planeta globlizado, o olhar lançado sobre os imigrantes reflecte quase sempre os mesmos mitos e pré-conceitos. Neste momento em que a América e o mundo está de olho na nova Lei de Imigração do Arizona(EUA), postamos aqui um texto de reflexão, de DORIS MEISSNER, pesquisadora sénior do Instituto de Políticas para a Imigração, publicado no Washington Post e O Estado de São Paulo (tradução de Augusto Calil)


Muro americano, na fronteira com o México, é símbolo da intolerância

Americanos alimentam mitos sobre imigração
Argumentos contra os imigrantes são sempre os mesmos, mas uma análise mais profunda leva à conclusão de que quase nunca eles são verdadeiros

Apesar de os EUA serem um país de imigrantes - ou talvez justamente por causa disto -a imigração continua a ser um dos tópicos mais controvertidos na sociedade americana. No Arizona, a nova lei que permite à polícia prender indivíduos incapazes de apresentar documentos comprovando que estão legalmente no país deu início a uma nova rodada de asperezas. Mas, como no passado, boa parte do debate tem o mito como base. Vejamos alguns deles.

1) Os imigrantes roubam os empregos dos trabalhadores americanos.

Apesar de corresponderem a 12,5% da população americana, os imigrantes compõem cerca de 15% da força de trabalho. Essa desproporção deve-se principalmente ao fato de a população dos EUA estar envelhecendo: os imigrantes e seus filhos foram responsáveis por 58% do crescimento populacional dos EUA desde 1980. É provável que isso não mude no curto prazo. A baixa natalidade nos EUA e a iminente aposentadoria da geração do pós-guerra significam que a imigração deve se tornar nas próximas décadas a única fonte de crescimento naquilo que chamamos de força de trabalho "em idade ideal" - entre 25 e 55 anos. Quando um número recorde de aposentados começar a receber pensões, jovens trabalhadores imigrantes pagarão impostos, relaxando um pouco as pressões financeiras sobre o sistema.

Os imigrantes costumam estar concentrados nas ocupações de baixa especialização que complementam - em vez de concorrer com - as ocupações exercidas pelos trabalhadores nativos. E os estrangeiros que preenchem os postos de trabalho de menor remuneração costumam ser empregados no regime "contratado primeiro, demitido primeiro". Como resultado, verifica-se entre os imigrantes uma taxa de emprego superior à verificada entre os americanos natos em momentos de prosperidade, mas eles são o principal alvo das demissões nos momentos de crise.

É verdade que um influxo de novos trabalhadores provoca uma redução nos salários, mas a imigração também estimula o crescimento por meio da criação de novos consumidores, empreendedores e investidores. Como resultado desse crescimento, os economistas estimam que o salário dos americanos seja um pouco maior do que seria na ausência da imigração. Americanos desprovidos de diploma do ensino médio sofrem com a redução dos salários por causa da concorrência dos imigrantes, mas estas perdas são modestas, pouco superiores a 1%.

2) A imigração está no seu momento de maior intensidade e a maioria dos novos imigrantes entra ilegalmente.

O momento de imigração mais intensa ocorreu há mais de um século, em 1890, quando os imigrantes correspondiam a 14,8% da população dos EUA. Atualmente, dois terços dos imigrantes estão no país legalmente, seja como cidadãos naturalizados ou como residentes permanentes regularizados pela lei, mais conhecidos como portadores de "green card". Dentre os aproximadamente 10,8 milhões de imigrantes que estão ilegalmente no país, cerca de 40% chegaram legalmente aos EUA, mas permaneceram além do prazo estipulado em seus vistos.

México. Vale destacar que, apesar de a população de imigrantes não autorizados incluir muito mais pessoas vindas do México do que de qualquer outro país, as apreensões realizadas na fronteira entre EUA e México registraram queda de mais de 50% nos últimos quatro anos, enquanto o crescimento da população ilegal - que por mais de uma década aumentou ao ritmo de aproximadamente 500 mil novos habitantes por ano - foi interrompido.

3) Diferentemente das ondas imigratórias passadas, os imigrantes não estão se incorporando à cultura local.

A mesma acusação foi feita a praticamente todas as ondas anteriores de imigrantes, incluindo o grande número de alemães, irlandeses e italianos que chegaram aos EUA no século 19 e início do 20. Como antes, são necessárias hoje uma ou duas gerações para a integração dos imigrantes. O aprendizado do inglês é um dos principais fatores no processo; outro deles é a educação e a mobilidade social ascendente de seus filhos.

Em relação ao primeiro fator, a consistente busca dos imigrantes atuais pelo aprendizado do inglês ocorre numa escala tal que os programas educacionais para adultos são incapazes de atender à demanda. Em relação ao segundo fator, a lei Nenhuma Criança Deixada Para Trás desempenhou um papel fundamental na educação dos filhos de imigrantes ao responsabilizar as escolas pelo ensino do inglês.

4) O combate às tentativas de ultrapassar a fronteira aumentará a segurança dos EUA.

A tarefa de proteger as fronteiras dos EUA é imensa, englobando 12 mil km de divisas terrestres, 20 mil km de fronteiras marítimas e uma vasta rede de portos, aeroportos, portas de entrada com México e Canadá e consulados emissores de visto no exterior. Desde o 11 de Setembro, fortalecemos dramaticamente nossas fronteiras por meio do uso de leitura biométrica e uma maior cooperação internacional. A Patrulha da Fronteira quase dobrou de tamanho nos últimos cinco anos, com mais de 20 mil agentes. E a cooperação com o governo mexicano melhorou significativamente.

Os experientes policiais de fronteira com quem conversei sugerem que, se fossem emitidos vistos em número suficiente para atender a demanda da economia por novos trabalhadores, os agentes ficariam livres para concentrar-se na missão de proteger o país de indivíduos perigosos e suas atividades, como tráfico de drogas, contrabando e violência dos cartéis.

5) A imigração não pode ser reformada num ano eleitoral.

A política envolvida nas questões imigratórias pode afastar os legisladores, especialmente com a aproximação das eleições. O resultado disso é que o Congresso não costuma atualizar a legislação imigratória, fazendo-o apenas com relutância. Entretanto, todas as leis de imigração significativas das últimas décadas foram aprovadas em anos de eleição, com frequência no último minuto possível.

Tentativas legislativas de promover mudanças urgentemente necessárias perderam-se no Congresso em 2005 e no Senado em 2006 e 2007, e o Congresso atual depara-se com uma considerável lista de tarefas ainda por fazer. Mas excluir a possibilidade de uma reforma na imigração - seja porque o Congresso tem outras prioridades ou porque estamos em ano de eleição - seria um grande erro.

A proposta de legislação para a imigração apresentada na semana passada pelo senador democrata Charles Summer, de Nova York, e seus colegas, juntamente com a indignação provocada pela lei do Arizona, pode ajudar a convencer os legisladores de que o melhor momento para uma solução é o atual.

domingo, maio 2

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Portugal e Brasil de um jeito que nunca se viu
TV Cultura e RTP lançam programa para falar dos dois países


Diogo Mesquita, www.revistabrasileiros.com.br

Com o objetivo de promover um intercâmbio cultural entre colonizado e colonizador, a Rádio e Televisão de Portugal (RTP) e a TV Cultura apresentaram na noite desta terça-feira (20) o programa Brasil e Portugal - Lá e Cá, que irá ao ar pela primeira vez no próximo domingo, dia 25, às 21h.

A apresentação do programa ficou a cargo do jornalista e presidente da Fundação Padre Anchieta, Paulo Markun, em parceria com o jornalista português Carlos Fino. A série de 13 episódios vai se passar entre a casa de Markun, em Santo Antônio de Lisboa, comunidade fundada por açorianos em Florianópolis, e a de Fino, em Fronteira, no Alto Alentejo, em Portugal.

A noite de apresentação aconteceu no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e deu apenas um pequeno aperitivo do que os telespectadores terão o prazer de apreciar durante os próximos treze domingos. Segundo Markun, o grande idealizador da ideia, o projeto começou a brotar a partir de uma mesa do programa do qual era apresentador, o Roda Viva, e que teve como convidado justamente Carlos Fino, hoje conselheiro de imprensa da embaixada de Portugal no Brasil.

Antes da apresentação do primeiro capítulo da série, os principais responsáveis pela empreitada deram seus depoimentos, contando a importância da iniciativa. Entre eles, Jorge Wemans, diretor da RTP, que não pôde estar presente, mas deixou mensagem gravada em vídeo. Wemans falou que, acima de tudo, a série retrata o presente e aponta para o futuro.

Carlos Fino falou em seguida exaltando muito o Brasil e evidenciando o seu orgulho, como português, em ver o País que um dia foi colônia de Portugal se tornar uma das maiores potências do mundo. Mas, para ele muitos se esquecem da influência lusa em nossas terras. "Portugal, no Brasil, está em todo o lado e não está em parte alguma", analisou o jornalista. Bem-humorado, Fino relatou um episódio em que, parando para abastecer seu carro em um posto no Brasil, foi perguntado pela frentista de que país vinha para falar um português tão bom. Intrigado, ele disse que vinha da Europa e perguntou de qual país a moça achava que ele descendia. A resposta foi doída: França. O brasileiro realmente não conhece suas origens.

Perto de Portugal, o Brasil ainda é uma criança em termos de história, mas, além da parte óbvia, Fino confirmou que o programa irá mostrar para nós, brasileiros, um Portugal novo e visando o amanhã. Antes de passar a palavra para o brasileiro Paulo Markun, Fino lembrou o bom momento que o Brasil vive e disse que Portugal faz parte do passado do País, mas espera que possa também estar presente no futuro.

Paulo Markun também ressaltou a importância de traçar um paralelo entre os dois países irmãos, mostrar suas semelhanças, diferenças e resgatar o passado, que há muito tempo se uniram, e hoje permanecem esquecidos. "A série não é uma aula de filosofia, sociologia ou mesmo de história, é uma conversa entre dois amigos que buscam acabar com a barreira que separa os dois países", complementou o apresentador do programa.

Quando o primeiro capitulo foi apresentado aos convidados, o que se viu foi exatamente isso: um papo descontraído entre dois jornalistas, informados e preocupados. Famosos, como Tom Zé e Fafá de Belém, deram suas opiniões sobre nossos descobridores. Porém, foram os anônimos entrevistados nas ruas de Brasil e Portugal que mostraram que um programa com essa proposta era mais do que necessário. Muitos deles nada ou pouco sabiam sobre o que acontece ou como são aqueles do outro lado do Atlântico.

Entre as conversas de Markun e Fino, ficou claro que temos muito a aprender um sobre o outro, mas, claro, sem deixar de lado o bom humor, marca registrada dos brasileiros e, aparentemente, dos portugueses também. No final, um pequeno problema técnico com o projetor, que de nada atrapalhou a noite, não passou em branco: "Tinha de ser culpa dos americanos!". Uma brincadeira para fechar uma parceria antiga entre Brasil e Portugal.

sábado, maio 1

Semana Cultural CPLP



Esta semana Lisboa acolhe representantes de todos os países de língua portuguesa, na terceira edição da Semana Cultural da CPLP. A lusofonia será comemorada com mostras de cinema, literatura, artes plásticas, dança e gastronomia e, claro está, que o Brasil participa nesta semana, representado nas mais variadas expressões artísticas.



TEATRO BRASILEIRO
Hoje, no âmbito das comemorações do "Dia do Brasil" na semana Cultural CPLP, o actor Fernando Terra apresenta o espectáculo infantil "Eram 3 vezes", às 16h no Centro Cultural Malaposta (Rua de Angola, Olival Basto, Lisboa - Metro linha amarela, estação Senhor Roubado)


CINEMA LUSÓFONO


Durante a semana decorre ainda o Primeiro Festival de Cinema Itinerante de Língua Portuguesa. Do cinema brasileiro em exibição: "Foliar Brasil", de Carolina Paiva, "O grão- Petrus Cariry" e "Travessia", de João Batista de Andrade e ainda o documentário "Luto como Mãe", de Luís Carlos do Nascimento, que chegou a participar no elenco do filme Cidade de Deus. No dia do encerramento deste festival, será apresentado o documentário "Contratempo", de Malu Mader.

Para além das exibições dos filmes, estão previstas duas mesas de discussão: “A cooperação cinematográfica na lusofonia” e “Festival de cinema como fonte de atracção para o turismo”. Serão ainda realizados dos workshops: “Documentário para TV – Um novo modo de produção”, ministrado por Claufe Rodrigues e “Videoperformance – ARTE VJING”, ministrado por Calebe Pimentel.

As sessões acontecem de terça a quinta-feira às 19h e 21h e na Sexta-feira, Sábado e Domingo às 19h, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

ARTES PLÁSTICAS & FOTOGRAFIA
Inaugura, no dia 3 de Maio, segunda-feira, a Exposição de Artes Plásticas e Fotografia na Fundação Medeiros e Almeida, em Lisboa. Esta mostra tem como um dos principais objectivos a divulgação dos trabalhos de artistas lusófonos tais como: Marta Ferreira (Portugal); Paulo lima (Cabo Verde); Renato Rodymer (Brasil); Samuel Vicente (Angola), entre outros.
 
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