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domingo, maio 9

A Europa e os Imigrantes


Sabia que Maomé já é o nome mais registrado em Bruxelas e que em Londres o nome do profeta muçulmano é o terceiro mais registrado em recém-nascidos?!
Sabia que DOIS MILHÕES de cidadãos poloneses migraram da sua terra natal para a Europa ocidental, principalmente para a Inglaterra, desde que a Polônia passou a integrar a Comunidade Europeia?!
Sabia que na Espanha, a taxa de desemprego entre os imigrantes já supera a marca de 35%, contra 16% para os espanhóis?!
Estes são apenas alguns dados que refletem as questões mais emergentes da imigração na Europa. Para reflexão, reproduzimos aqui um artigo que aponta os maiores desafios da Europa: integrar os imigrantes.



Um dos maiores desafios da Europa é integrar os imigrantes
AE - Publicado no Jornal Cruzeiro do Sul

Maomé. Esse já é o nome mais registrado em crianças nascidas em 2009 na cidade de Bruxelas, a capital da Europa. Em Antuérpia, os cartórios registraram no ano passado mais crianças com o nome Maomé que Adam. Em Londres, o nome do profeta já é o terceiro mais registrado entre os recém-nascidos. O fenômeno da explosão de famílias muçulmanas, sul-americanas, asiáticas e africanas na Europa está obrigando governos da região a enfrentar um dos maiores desafios sociais das últimas décadas: garantir a integração desses imigrantes.

Ao mesmo tempo, projeções econômicas apontam que, sem os estrangeiros, a população europeia sofrerá uma contração até 2050 e o crescimento econômico estará comprometido por falta de mão de obra. Em 60 anos, a Europa passou de uma região de emigração para o local mais cobiçado por imigrantes de todo o mundo.

Por ano, são 500 mil estrangeiros irregulares que conseguem entrar no bloco. Os imigrantes já são responsáveis por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) europeu. Entre os que trabalham sem vistos, a estimativa é de que sejam 8 milhões de estrangeiros.

Hoje, os muçulmanos já são 15 milhões vivendo na Europa. Apesar de o número representar apenas 3% da população local, nunca a taxa foi tão alta desde que os mouros deixaram a península ibérica há alguns séculos. O Leste Europeu sofreu, nos últimos anos, uma verdadeira drenagem da população para as capitais dos países da Europa Ocidental. Dois milhões de romenos deixaram o país desde sua adesão à União Europeia (UE), em 2007. Teodora Petri, uma romena que trabalha em Barcelona, é uma das que acreditam que tomou o caminho certo ao deixar Bucareste. Na Polônia, o cálculo aponta que outros 2 milhões de cidadãos foram tentar a sorte no Ocidente, principalmente na Inglaterra.

A situação ficou ainda mais crítica em 2009. Quando achavam que o muro havia sido derrubado e que agora poderiam desfrutar a liberdade de trabalhar nos demais países do continente, a crise econômica caiu como um banho de água fria. Muitos, agora, começam o caminho de volta. Na Espanha, a taxa de desemprego entre os imigrantes já supera a marca de 35%, contra 16% para os espanhóis. No Reino Unido, dados oficiais mostram que em 2008, por conta da recessão, o recuo de imigrantes vindos do Leste Europeu foi de 44% no ano passado. Já a saída de estrangeiros do país aumentou em 50%, chegando a 66 mil.

A realidade é que, mesmo com a saída de muitos, a expansão da imigração foi acompanhada nos últimos anos por uma crise sem precedentes, desemprego e recessão. A reação de governos e partidos de direita foi a de aumentar as iniciativas para limitar a entrada de estrangeiros. Alemanha e Reino Unido passaram a exigir um teste escrito para selecionar quem receberia vistos. Na Espanha, o governo paga para aqueles que queiram abandonar a Europa de vez.

A tensão ainda ganhou uma conotação religiosa. O uso da burca começa a ser banido em vários países, assim como a construção de minaretes, a proibição de tribunais islâmicos ou projetos de novas mesquitas.

De outro lado, partidos de extrema-direita na Europa tentam ganhar espaço e votos de uma população fragilizada diante da pior crise econômica em 70 anos, usando exatamente a ameaça islâmica como plataforma de campanha eleitoral. "O pior que pode acontecer agora é que o tema de imigração se transforme em um tema populista", afirmou o ex-presidente de Portugal e alto comissário de Refugiados da ONU, Antonio Guterres. Seu alerta é de que de nada servirá limitar a entrada dos estrangeiros. "A Europa precisará da população estrangeira para continuar a crescer. A taxa de natalidade local não será suficiente nem mesmo para financiar as aposentadorias", disse Guterres.

Estudos da ONU mostram que, até 2050, a população europeia passará de 731 milhões de pessoas para 664 milhões se a imigração for barrada.



CURIOSIDADES - Tratado de Schengen
Sabia que há 15 anos, com o acordo assinado na cidade de Schengen dava-se o fim das fronteiras internas na União europeia?!

O tratado que permitiu uma maior mobilidade dos cidadãos dos países membros e ajudou a integrar a União Europeia, também complicou a questão da imigração.

Um dos maiores temores relacionado à área de livre circulação, especialmente com sua expansão nos últimos 15 anos, era de que o tratado acarretasse uma redução da segurança, elevando os índices de criminalidade na UE.

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